Uma ida à Tailândia é muito mais que estar de férias. De tão marcante, este país do sudeste asiático não será um destino a mais no seu roteiro de viagem. Muito mais que isso! Não há como ficar indiferente a tamanha generosidade e respeito. Os tailandeses sabem a importância dessas duas palavras e fazem disso um mantra. É isso o que se sente ao caminhar seja pela agitada capital Bangkok, ou ainda em Chiang Rai ou Chiang Mai, duas cidades preciosas do norte do país. Sugiro começar esse tour primeiro pelas cidades, depois, prepare-se para um processo de hipnose causados pelos tons das águas do mar que banha as ilhas de Koh Phi Phi. Embarca comigo?

 

Phi Leh Lagoon – Na ilha de Koh Phi Phi

Voos para Bangkok

A Ásia está cada vez mais acessível para nós. Os voos que partem do Brasil fazem conexão em países da Europa ou África. No meu caso, a passagem mais em conta que encontrei foi pela Etihad (paguei R$ 2.200,00 com taxas ida e volta, mas os preços de Guarulhos pra lá giram em torno de R$ 3.500,00. A minha conexão foi em Abu Dabi, nos Emirados Árabes. O voo de Guarulhos até Abu Dabi demora 9 horas, e de lá até Bangkok mais 14 horas. Vale a pena olhar passagens também na Ethiopian Airlines e Emirates.

Visto para Brasileiros + Carteirinha Internacional de Vacinação

O visto não é necessário. O carimbo é dado no aeroporto na chegada. Mas, antes de procurar a imigração pra esse trâmite, procure o “health control” (controle sanitário) e leve seu certificado internacional de vacinação (CIV) contra a febre amarela, junto do passaporte. No “health control” você irá preencher um formulário que irá levar, enfim, na imigração. Estando tudo certo, se joga que tu entrou no Tailândia!

Atenção: É moleza tirar o CIV no Brasil. Leve o seu cartão de vacinação que comprove que você tomou a vacina contra a febre amarela até um dos postos da ANVISA. Lá eles vão te dar essa carteirinha internacional. Mas se tu nem faz ideia de onde anda esse negócio, vai primeiro no posto de saúde, toma a vacina de febre amarela, daí leva o cartão que tu acabou de receber lá e peça o seu internacional. Pronto, tá feito!

Do aeroporto para a cidade

  • Trem: ele tem conexão com o metrô. É o modo mais barato de ir. Mas, lembre de guardar o ticket até o fim da viagem. Você vai precisar dele para sair da catraca.
  • Uber: Dá pra conectar a wi-fi do aeroporto também, e pedir um carro. Melhor que tentar entender o que tá acontecendo a tua volta, depois desse tanto de horas de voo.
  • Táxi: Eu tava morto, por conta do jet lag (que é o mal estar causado pela troca de fuso horário) e decidi por um taxi. Coisa de 500 THB (uns R$ 50).

Atenção 2: Tem uns quiosques que vendem Chip de lá. Mas são mais caros. Procure assim que chegar na cidade em uma farmácia. Os preços são até 50% mais baratos.

Para ficar em Bangkok

Opção 1: mochileiro

 “Nitan Hostel Khaosan” – Pra você que gosta de festa, movimentação e curte estar perto de gente do mundo inteiro, seu lugar é na Khaosan Road. É uma rua da encaralhação toda. Bares, vendedores de rua, barraquinha com uns grilos, gafanhotos, aquele escorpião delícia… Então, indico esse hostel super bacaninha.

Opção 2: baixo custo, mas melhorzinho

 “Rambuttri Village Inn & Plaza”. Nesse caso, minha indicação é esse hotel super simples, barato, e também bem localizado. Fica dentro de uma pequena vila e oferece piscina, vários restaurantes em volta e fica do ladinho da Khaosan. R$ 132,00 a diária (quarto casal).

Opção 3: quero poder, luxo e sedução

Agora, se tu tá podendo, tem esses finos aqui. Fiquei com Emilli uns dias neles também, porque aproveitamos um “Black Friday” na Decolar.com. Vamos nos permitir também, né?

 Eastin Grand Hotel Sathorn – R$ 439,00 (quarto casal).

 Hotel Icon Bangkok – R$ 448,94 (quarto casal).

Eu e Emilli aproveitando na piscina do Hotel Icon Bangkok

E o que fazer na capital, Bangkok?

Gostei muito da cidade. O sistema de metrô é bem amplo e corta os principais pontos. Mas, como estávamos num grupo de 4 pessoas, usávamos Uber, que ficava ridiculamente barato pra cada um. Bangkok é enorme e esse misto de tradição com modernidade sempre me encanta. Tem baladas loucas, tem templos que emocionam, tem gente que te conquista, tem vistas lindas, comidas deliciosas, e por aí vai… Separo bonitinho o que mais gostei pra te contar!

Bangkok, Tailândia.

Mercados Flutuantes 

 Taling Chan Floating Marketing

324 Chakphra Rd, Bangcoc, Tailândia.

Bangkok é cortada pelo Rio Chao Phraya e existem canais que cruzam a cidade inteira, inclusive os rios, são um meio de transporte por lá. Os mercados flutuantes são muito conhecidos por ali e são uma boa pedida para quem quer um passeio bem peculiar. Escolhemos o Taling Chan Floating Marketing, por ser mais perto. Tem artesanato, roupas, a incrível e baratésima massagem tailandesa (coisa de menos de 20 reais meia hora) e claro, as comidas. São frutos do mar, peixes, muitos legumes, tudo ali sendo preparado na nossa frente por senhoras que se equilibram em canoas e que nos servem em improvidos restaurantes, também flutuantes.

Para alguém de paladar mais criterioso, talvez os pratos não sejam apetitosos assim, logo de cara. Mas comigo não tem esse problema. Fiquei apaixonado pelo sabor do peixe “snakehead fish”, assado com umas ervas dentro dele, em especial, a “Kaffir Lime Leaves”. Tem como descrever não, gente! É uma delícia!

E como acabei de falar em comida,  você vai ouvir muito falar em “Paid Thai”, que é o nosso “feijão com arroz” de lá. É um macarrão delicinha, preparado bem na tua frente (nas barraquinhas de rua e nesse mercado flutuante também), com uns legumes e você escolhe a proteína. Se tu deixar, eles sapecam pimenta. Já avisa “No spice” se for demais pra você.

Voltando ao mercado flutuante, além daquela mistura toda de pequenos restaurantes sobre o rio, tem um píer de onde saem passeios por entre os canais. Me lembrou muito as comunidades ribeirinhas da Amazônia, com a diferença de ver no trajeto, lindos templos budistas.

 

  Wat Pho – Templo do Buda Reclinado

 2 Sanamchai Road, Grand Palace Subdistrict.

Preço: 100 Baht

Tá aí uma excelente maneira de começar a entender como as coisas funcionam na Tailândia. Esse templo é um dos mais importantes para visitação. Ele guara uma imagem de Buda com 43 metros, que é maior que o nosso Cristo Redentor do Rio, só que deitado. Toda a beleza e os detalhes do lugar te inebriam. Além desse ouro todo da estátua, nos pés do Buda há inscrições cravejadas com madrepérola, que contam a história dele. A estátua está nessa posição por simbolizar o último momento de iluminação de Buda, pouco antes de sua morte, com 80 anos.

Nesse templo que foi inventada a massagem tailandesa. Hoje em dia é possível fazer uma aqui mesmo. Dá pra passear também pelos jardins. Ah, existe uma seção do templo onde estão guardadas cinzas de alguns tailandeses, que fizeram questão de serem eternizados ali. Essas várias estátuas menores de budas guardam urnas funerárias de tailandeses que investiram uma bagatela de 10 mil dólares para deixar suas cinzas ali. As famílias são responsáveis pela limpeza e manutenção de cada estátua dessas.

Atenção: nos templos religiosos, só são permitidas a entrada de mulheres com ombros cobertos e não rola ir com as penas à mostra. Os homens devem usar também de bom senso, afinal, são lugares de respeito e oração.

Grand Palace

 Na Phra Lan Road, Old City 

Preço: 400 Baht

Aberto todos os dias, das 08h30 às 15h3

Já falo logo: tem fila, tem muita gente, mas tem muita, muita beleza! O  Grande Palácio é um conjunto de edifícios que já serviu como residência oficial entre os séculos XVIII e XX. Atualmente aberto a nós turistas e é o lugar mais visitado de Bangkok. Merece umas horinhas do seu dia, pra poder admirar os detalhes, que, aliás, são muitos. Pra isso, você precisa ir com pernas e ombros cobertos, tanto homens quanto mulheres. Mas lá dentro mesmo há empréstimo de lenços e calças, se seus trajes forem reprovados. Nem precisa comprar essas peças dos vendedores que ficam fora do Palácio. É legal contratar um guia por lá mesmo, para que te mostre detalhes que você não perceberia sozinho.

Eu não consegui entrar no templo Wat Phra Kaew, que guarda um Buda de esmeraldas. Todo mundo diz que é lindo, mas fiquei realizado só de passear pelos jardins, acompanhar um pedacinho de uma cerimônia religiosa com centenas de monges e ficar bobo com tantos detalhes dessa arquitetura tão especial. Perceba a quantidade de protetores que há em torno desse palácio. Várias estátuas de guardiões, serpentes de várias cabeças, seres mitológicos que dão aquele ar de mistério ao local.

Wat Arun

158 Thanon Wang Doem, Khwaeng Wat Arun.

Preço: 100 Baht

Aberto todos os dias, das 9h às 17h

O “Templo do Amanhecer” também vale uma visita. Com uma torre de 80 metros de altura decorada por mosaicos de porcelana chinesa, Wat Arun fica do outro lado do rio. Se der tempo, após visitar os dois templos que te falei ali em cima, vá até o Pier Tha Chang (pier número 9), de onde sai um barquinho que atravessa o rio te deixa na entradinha do templo. Se não, volte outro dia.

Khaosan Road

Khaosan Road

É o lugar “menos” Tailândia e mais global que você vai visitar. Cheia de gringos, é o lugar preferido dos mochileiros. É uma rua muito da sua louca, cheia de bares, vendedores ambulantes de roupas, acessórios, lembrancinhas e principalmente, as comidinhas mais exóticas que você vai ver por aqui. Rola gafanhoto, escorpião, umas larvas que ficam bem sequinhas. Se for comer, leva uma cerveja gelada ou uma coca cola pra ajudar, né?

Casa Jim Thompson

6 Soi Kasemsan 2, Rama 1 Road, Bangkok

Preço: 150 Baht

Aberto 9h às 18h

Quando comecei a minha pesquisa sobre a Tailândia, esse era um dos lugares que eu mais queria conhecer. Jim Thompson era um ex-militar americano, que se apaixonou pela Tailândia, se mudou pra lá e iniciou o mercado da seda tailandesa. Foi ele quem viu potencial e abriu os olhos do mundo para essa joia. O cara comprou algumas casas, juntou tudo e fez um casarão pra ele. Em uma de suas viagens, foi pra Malásia e desapareceu. A casa hoje é um museu, que conta um pouco da história desse visionário e onde se pode ver a produção da seda, com as tailandesas, que fazem todo o processo de fabricação, a partir do casulo da lagarta. A decoração da casa é um espetáculo. Ah, ele também era arquiteto. Tá explicado!

Sirocco Sky Bar

1055 Silom Rd, Khwaeng Silom

 

Resolvemos fazer os finos e ver Bangkok do alto de um dos restaurantes mais badalados da cidade. Na verdade, não fomos ao restaurante não. Ficamos mesmo no bar, que também tem uma vista linda da cidade. Os preços dos drinks são altos, viu? Se não acha que vale a pena, faz a linha “tô tomando antibiótico” e fica na água. Hahahaha Eu e Emilli usamos essa desculpa hihiihihhi Mas tem de consumir algo ali. Depois vá às escadarias e veja a cúpula dourada de pertinho.

Mandarin Oriental – Sala Rim Naam 

48 Oriental Ave, Khwaeng Bang Rak

Escolhemos pagar um preço mais alto num jantar tradicional. A pedida foi a Sala Rim Naam, que é o restaurante do estrelado Mandarin Oriental. A experiência valeu cada bath gasto. Na recepção do Mandarain, nos levaram até o píer do hotel para que pudéssemos atravessar o rio num charmoso barquinho. O restaurante fica do outro lado. Já começa bem esse passeio. No restaurante, numa mesa bem ao lado do palco, vimos danças e encenações de batalhas tailandesas, enquanto provávamos dos pratos. Os atendentes até recomendam um chazinho de camomila para aliviar, depois de tanta comida apimentada.

Nos próximos posts sobre a Tailândia, conto sobre passeio com elefantes, o lindo Templo Branco em Chiang Rai e ainda como aproveitar as melhores praias.

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